Todos nós, interessados pela espiritualidade e tudo aquilo que vai além do nosso mundo material, em algum momento já ouviu ou leu algo sobre o despertar, e se vamos despertar é porque estamos adormecidos. Mas por que nós estamos adormecidos? Será que algum dia já estivemos despertos?
Há muito tempo atrás os seres que habitam ou habitaram o nosso planeta, juntamente com outros, viviam em unidade, em dimensões mais elevadas que a nossa atualmente. Temos como exemplo a Antiga Lemúria e Atlântida, continentes que se perderam e cuja informação de sua existência tem vindo à tona pouco a pouco para o nosso conhecimento.
Por motivos que, ainda, só podemos imaginar e deduzir, nós regredimos e o universo físico que havia sido criado como um berçário para novas consciências, sementes da fonte criadora, se tornou nossa escola de aprendizado e evolução.
E então, nós conhecemos o medo, um comportamento de sobrevivência existente em nosso corpo, acionado pelo nosso cérebro reptiliano. O medo e o amor, juntos, nos fizeram enxergar a necessidade de viver em comunidade, a convivência para superar os desafios dos perigos de um mundo totalmente desconhecido. Assim surgiram as tribos, que posteriormente se tornaram cidades, reinos e países como conhecemos hoje.
Na busca pela compreensão do desconhecido, diferentes formas de explicar as forças da natureza, o funcionamento do universo, e também como uma forma de educar os membros das tribos para o convívio social, surgiram as religiões que instituíram seu conjunto de regras, onde o descumprimento geralmente era passíveis de punições divinas.
Aqueles que se tornaram os líderes religiosos passaram a exercer um papel de grande prestígio e poder sobre os demais membros das tribos, pois era a quem eles recorriam em momentos de necessidade. Com o passar do tempo, alguns desses líderes religiosos por sede de poder e ganância desvirtuaram o verdadeiro significado de Religião, que religar-nos ao divino, e passaram a usá-la para obter mais controle sobre as massas.
À medida que tais tribos foram se desenvolvendo para cidades e reinos, sistemas de governos mais complexos foram surgindo, e junto com eles os governantes que também ganharam prestígio e poder sobre os demais. Os governos que tiveram como função inicial organizar e facilitar a vida em comunidade também se desvirtuou em tirania e/ou corrupção, voltando-se apenas para beneficiar a si próprios.
Estava instituído dois centros de poder, que em alguns momentos compartilhavam o poder e em outros disputavam entre si o controle das massas.
Com o sistema hierárquico construído nas comunidades desde que elas surgiram, que só fortalecia o poder daqueles que estavam no comando, foram criadas cada vez mais fragmentações e separatividade fortalecendo cada vez mais o paternalismo, dando direito dos maridos sobre as esposas, ou aos pais sobre os filhos, dos senhores sobre os seus subordinados.
Em nome de Deus e pela conquista de terras muitas guerras ocorreram ao longo dos milênios da nossa existência, tanto por tribos que desejavam um lugar com condições mais favoráveis para sobreviver, quanto por tribos/reinos que desejavam aumentar seus domínios, ou até mesmo por diferenças em suas culturas e religiões. Durante muito tempo, as tribos perdedoras de tais conflitos eram escravizadas para ser ao propósito das tribos vencedoras. O medo que antes era uma ferramenta de sobrevivência passou a ser uma ferramenta de controle sobre os demais, tendo a violência como uma das suas principais armas.
A vida que tínhamos nos primórdios deixou de existir e a nossa frequência vibracional foi se densificando a cada acontecimento e nos esquecemos completamente da nossa origem estelar, a cada geração e reencarnação nos separamos mais e mais da nossa verdadeira essência, repetimos os mesmos padrões, e entramos em uma hibernação energética, acreditando que éramos apenas um corpo físico, fadado a ser vítima e/ou algoz do medo, instituímos a mente como nosso guia e a nossa fonte de poder.
A dor e sofrimento que geramos nessa hibernação que ficamos muito cansados, e desse cansaço e insatisfação começamos o movimento de buscarmos algo que falasse a nossa essência e a semente adormecida em nossos corações pulsaram. Nesse tempo alguns despertos e iluminados vieram até o planeta nos mostrar o caminho do despertar, mas o nosso sono era tão profundo que continuamos relutando em nos reconhecermos.
Então, quando falamos em despertar, falamos de sair desse ciclo vicioso que já dura incontáveis gerações, acordar para perceber que somos, sementes da fonte criadora, sair da separatividade e reintegrar a unidade em nós e no todo.